quarta-feira, 10 de junho de 2015

Livro As 48 Leis do Poder


As 48 Leis do Poder é um livro fascinante e perigoso, que deveria frequentar a estante de homens de negócios, políticos, advogados e aficionados por uma boa literatura.

Escrito por Robert Greene, possui 452 páginas e foi publicado nos EUA pela Editora Viking Penguim em 1998. Para cada uma das 48 Leis de Poder, contidas no livro, é atribuído um capítulo. O livro contém ideias valiosas e informações que podem ser úteis para aqueles que almejam o poder com a finalidade de não caírem vítimas da absoluta demonstração e exercício de autoridade.

O autor, neste livro, cuidadosamente detalha os acontecimentos, as teorias e práticas do poder, cobrindo cerca de 300 anos de história, distribuindo explicadamente pelas 48 leis. Este trabalho de pesquisa objetivamente descreve as leis em sua pura essência.

Greene também procura sintetizar as filosofias de Maquiavel, Sun-Tzu, Carl von Clausewitz e outros grandes pensadores.

“Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha” Maquiavel.

O livro enfoca e conscientiza sobre a natureza do poder e como ele é exercido pelas pessoas que detém o poder. Ele argumenta que algumas leis requerem prudência, algumas furtividades e outra total ausência de misericórdia. Todas essencialmente têm implicações em situações da vida real.

Ele ilustra isto mais adiante, usando exemplos da Rainha Elizabeth I, Henry Kissinger, P.T. Barnum e outras figuras famosas que usaram o poder no passado ou que foram vítimas do jogo do poder.

Sua descrição do poder é compreensível e bem elaborada. Ele considera que o poder é amoral e uma das mais importantes habilidades para, segundo ele, obter poder é a habilidade de ver as circunstâncias em vez de apenas ver lado bom e o lado ruim.

Ele vê o poder como um jogo no qual você não pode julgar seu inimigo pelas suas intenções e sim pelas consequências de suas ações. Segundo ele, você deve analisar a estratégia e poder de seu inimigo pelo o que você vê e sente.

As leis são extraídas de escritos de homens e mulheres que estudaram e dominaram a arte do poder. Estes escritos, nas palavras do autor, se estendem a um período de mais de 300 anos atrás e foram feitos por civilizações tão diferentes como a antiga China e a Itália da Renascença, não obstante, elas compartilham histórias e temas semelhantes”.

As 48 Leis do Poder, após serem lidas, podem não ter efeito direto na sua vida, mas certamente terão alguma aplicação. Podem servir de orientação para aqueles que tenham interesse em avaliar a extensão do poder que possuem e sua maestria no jogo do poder.

Francamente, uma leitura completa do livro irá inspirar uma reflexão e reavaliação do passado, presente e possivelmente levar a projetar um futuro mais atraente para as pessoas que buscam o poder.


Na coluna ao lado, você poderá fazer o Download do Livro As 48 Leis do Poder (Downloads recomendados).





Resumo do livro
Lei 1 - Não ofusque o brilho do mestre

Faça sempre com que as pessoas acima de você se sintam confortavelmente superiores. Querendo agradar ou impressionar, não exagere exibindo seus próprios talentos ou poderá conseguir o contrário inspirar medo e insegurança. Faça com que seus mestres pareçam mais brilhantes do que são na realidade e você alcançará o ápice do poder.

Lei 2 - Não confie demais nos amigos. Aprenda a usar os inimigos

Cautela com os amigos, eles o trairão mais rapidamente, pois são com mais facilidade levados à inveja. Eles também se tornam mimados e tirânicos. Mas contrate um ex-inimigo e ele lhe será mais fiel do que um amigo, porque tem mais a provar. De fato, você tem mais o que temer por parte dos amigos do que dos inimigos. Se você não tem inimigos, descubra um jeito de tê-los.

Lei 3 - Oculte as suas intenções 

Mantenha as pessoas na dúvida e no escuro, jamais revelando o propósito de seus atos. Não sabendo o que você pretende, não podem preparar uma defesa. Leve-as pelo caminho errado até bem longe, envolva-as em bastante fumaça e, quando elas perceberem as suas intenções, será tarde demais.

Lei 4 - Diga sempre menos do que o necessário 

Quando você procura impressionar as pessoas com palavras, quanto mais você diz, mais comum aparenta ser, e menos controle da situação parece ter. Mesmo que você esteja dizendo algo banal, vai parecer original se você o tornar vago, amplo e enigmático. Pessoas poderosas impressionam e intimidam falando pouco. Quanto mais você fala, maior a probabilidade de dizer uma besteira.

Lei 5 - Muito depende da reputação. Dê a própria vida para defendê-la

A reputação é a pedra de toque do poder. Com a reputação apenas você pode intimidar e vencer; um deslize, entretanto, e você fica vulnerável, e será atacado por todos os lados. Torne a sua reputação inexpugnável. Esteja sempre alerta aos ataques em potencial e frustre-os antes que aconteçam. Enquanto isso aprenda a destruir seus inimigos minando as suas próprias reputações. Depois, afaste-se e deixe a opinião pública acabar com eles.

Lei 6 - Chame atenção a qualquer preço

Julga-se tudo pelas aparências; o que não se vê não conta. Não fique perdido no meio da multidão, portanto, ou mergulhado no esquecimento. Destaque-se. Fique visível, a qualquer preço. Atraia as atenções parecendo maior, mais colorido, mais misterioso do que as massas tímidas e amenas.

Lei 7 - Faça os outros trabalharem por você, mas sempre fique com o crédito 

Use a sabedoria, o conhecimento e o esforço físico dos outros em causa própria. Não só essa ajuda lhe economizará um tempo e uma energia valiosos, como lhe dará uma aura divina de eficiência e rapidez. No final, seus ajudantes serão esquecidos e você será lembrado. Não faça você mesmo o que os outros podem fazer por você.

Lei 8 - Faça as pessoas virem até você. Use uma isca, se for preciso 

Quando você força os outros a agir, é você quem está no controle. É sempre melhor fazer o seu adversário vir até você, abandonando seus próprios planos no processo. Seduza-o com a possibilidade de ganhos fabulosos - depois ataque. É você quem dá as cartas.

Lei 9 - Vença por suas atitudes, não discuta

Qualquer triunfo momentâneo que você tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória de Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique.

Lei 10 - Fuja do contágio: evite o infeliz e azarado

A miséria alheia pode matar você. Estados emocionais são tão contagiosos quanto as doenças. Você pode achar que está ajudando o homem que se afoga, mas só está precipitando o seu próprio desastre. Os infelizes às vezes provocam a própria infelicidade; vão provocar a sua também. Associe-se, ao contrário, aos felizes e afortunados.

Lei 11 - Aprenda a manter as pessoas dependentes de você 

Para manter a sua independência você deve sempre ser necessário e querido. Quanto mais dependerem de você, mais liberdade você terá. Faça com que as pessoas dependam de você para serem felizes e prósperas, e você não terá nada o que temer. Não lhes ensine o bastante a ponto de poderem se virar sem você.
  
Lei 12 - Use a honestidade e a generosidade seletiva para desarmar a sua vítima

Um gesto sincero e honesto encobrirá dezenas de outros desonestos. Até as pessoas mais desconfiadas baixam a guarda diante de atitudes francas e generosas. Uma vez que a sua honestidade seletiva as desarma, você pode enganá-las e manipulá-las à vontade. Um presente oportuno, um cavalo de Tróia - será igualmente útil.

Lei 13 - Ao pedir ajuda, apele para o egoísmo das pessoas, jamais para a sua misericórdia ou gratidão

Se precisar pedir ajuda a um aliado, não se preocupe em lembrar a ele a sua assistência e boas ações no passado. Ele encontrará um meio de ignorar você. Em vez disso, revele algo na sua solicitação, ou na sua aliança com ele, que o vá beneficiar, e exagere na ênfase. Ele reagirá entusiasmado se vir que pode lucrar alguma coisa com isso.

Lei 14 - Banque o amigo, aja como espião

Conhecer o seu rival é importantíssimo. Use espiões para colher informações preciosas que o colocarão um passo à frente. Melhor ainda: represente você mesmo o papel de espião. Em encontros sociais, aprenda a sondar. Faça perguntas indiretas para conseguir que as pessoas revelem seus pontos fracos e intenções. Todas as ocasiões são oportunidades para uma ardilosa espionagem.
  
Lei 15 - Aniquile totalmente o inimigo

Todos os grandes líderes, desde Moisés, sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente. (Às vezes, eles aprendem isso da maneira mais difícil.) Se restar uma só brasa, por menor que seja, acabará se transformando numa fogueira. Perde-se mais fazendo concessões do que pela total aniquilação: o inimigo se recuperará, e quererá vingança. Esmague-o, física e espiritualmente.

Lei 16 - Use a ausência para aumentar o respeito e a honra 

Circulação em excesso faz os preços caírem: quanto mais você é visto e escutado, mais comum vai parecer. Se você já se estabeleceu em um grupo, afastando-se temporariamente se tomará uma figura mais comentada, até mais admirada. Você deve saber quando se afastar. Crie valor com a escassez.

Lei 17 - Mantenha os outros em um estado latente de terror: cultive uma atmosfera de imprevisibilidade 

Os homens são criaturas de hábitos com uma necessidade insaciável de ver familiaridade nos atos alheios. A sua previsibilidade lhes dá um senso de controle. Vire a mesa: seja deliberadamente imprevisível. O comportamento que parece incoerente ou absurdo os manterá desorientados, e eles vão ficar exaustos tentando explicar seus movimentos. Levada ao extremo, esta estratégia pode intimidar e aterrorizar.

Lei 18 - Não construa fortalezas para se proteger. O isolamento é perigoso 

O mundo é perigoso e os inimigos estão por toda a parte - todos precisam se proteger. Uma fortaleza parece muito segura. Mas o isolamento expõe você a mais perigos do que o protege deles - você fica isolado de informações valiosas, transforma-se num alvo fácil e evidente. Melhor circular entre as pessoas, descobrir aliados, se misturar. A multidão serve de escudo contra os seus inimigos.

Lei 19 - Saiba com quem está lidando. Não ofenda a pessoa errada

No mundo há muitos tipos diferentes de pessoas, e você não pode esperar que todas reajam da mesma forma às suas estratégias. Engane ou passe a perna em certas pessoas e elas vão passar o resto da vida procurando se vingar de você. São lobos em pele de cordeiro. Cuidado ao escolher suas vítimas e adversários, portanto jamais ofenda ou engane a pessoa errada.
  
Lei 20 - Não se comprometa com ninguém

Tolo é quem se apressa a tomar um partido. Não se comprometa com partidos ou causas, só com você mesmo. Mantendo-se independente, você domina os outros colocando as pessoas umas contra as outras, fazendo com que sigam você.

Lei 21 - Faça-se de otário para pegar os otários. Pareça mais bobo do que o normal 

Ninguém gosta de se sentir mais idiota do que o outro. O truque, portanto, é fazer com que suas vítimas se sintam espertas - e não só espertas, mas mais espertas do que você. Uma vez convencidas disso, elas jamais desconfiarão que você possa ter segundas intenções.

Lei 22 - Use a tática da rendição: transforme a fraqueza em poder 

Se você é o mais fraco, não lute só por uma questão de honra; é preferível se render. Rendendo-se, você tem tempo para se recuperar, tempo para atormentar e irritar o seu conquistador, tempo para esperar que ele perca o seu poder. Não lhe dê a satisfação de lutar e derrotar você - renda-se antes. Oferecendo a outra face, você o enraivece e desequilibra. Faça da rendição um instrumento de poder.
  
Lei 23 - Concentre as suas forças

Preserve suas forças e sua energia concentrando-as no seu ponto mais forte. Ganha-se mais descobrindo uma mina rica e cavando fundo, do que pulando de uma mina rasa para outra - a profundidade derrota a superficialidade sempre. Ao procurar fontes de poder para promovê-lo, descubra um patrono-chave, a vaca cheia de leite que o alimentará durante muito tempo.

Lei 24 - Represente o cortesão perfeito

O cortesão perfeito prospera num mundo onde tudo gira em torno do poder e da habilidade política. Ele domina a arte da dissimulação; ele adula, cede aos superiores, e assegura o seu poder sobre os outros da forma mais gentil e dissimulada. Aprenda e aplique as leis da corte e não haverá limites para a sua escalada na corte.

Lei 25 - Recrie-se

Não aceite os papéis que a sociedade lhe impinge. Recrie-se forjando uma nova identidade, uma que chame atenção e não canse a plateia. Seja senhor da sua própria imagem, em vez de deixar que os outros a definam para você. Incorpore artifícios dramáticos aos gestos e ações públicas - seu poder se fortalecerá e sua personagem parecerá maior do que a realidade.

Lei 26 - Mantenha as mãos limpas

Você deve parecer um modelo de civilidade e eficiência: suas mãos não se sujam com erros e atos desagradáveis. Mantenha essa aparência impecável fazendo os outros de joguete e bode expiatório para disfarçar a sua participação.

Lei 27 - Jogue com a necessidade que as pessoas têm de acreditar em alguma coisa para criar um séquito de devotos

As pessoas têm um desejo enorme de acreditar em alguma coisa. Torne-se o foco desse desejo oferecendo a elas uma causa, uma nova fé para seguir. Use palavras vazias de sentido, mas cheias de promessas; enfatize o entusiasmo de preferência à racionalidade e à clareza de raciocínio. Dê aos seus novos discípulos rituais a serem cumpridos, peça-lhes que se sacrifiquem por você. Na ausência de uma religião organizada e de grandes causas, o seu novo sistema de crença lhe dará um imensurável poder.

Lei 28 - Seja ousado

Inseguro quanto ao que fazer, não tente. Suas dúvidas e hesitações contaminarão os seus atos. A timidez é perigosa: melhor agir com coragem. Qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram o corajoso; ninguém louva o tímido.

Lei 29 - Planeje até o fim

O desfecho é tudo. Planeje até o fim, considerando todas as possíveis consequências, obstáculos e reveses que possam anular o seu esforço e deixar que os outros fiquem com os louros. Planejando tudo até o fim, você não será apanhado de surpresa e saberá quando parar. Guie gentilmente a sorte e ajude a determinar o futuro pensando com antecedência.

Lei 30 - Faça as suas conquistas parecerem fáceis

Seus atos devem parecer naturais e fáceis. Toda a técnica e o esforço necessários para sua execução, e também os truques, devem estar dissimulados. Quando você age, age sem se esforçar, como se fosse capaz de muito mais. Não caia na tentação de revelar o trabalho que você teve - isso só despertará dúvidas. Não ensine a ninguém os seus truques ou eles serão usados contra você.

Lei 31 - Controle as opções: quem dá as cartas é você

As melhores trapaças são as que parecem deixar ao outro uma opção: suas vítimas acham que estão no controle, mas na verdade são suas marionetes. Dê às pessoas opções que sempre resultem favoráveis a você. Force-as a escolher entre o menor de dois males, ambos atendem ao seu propósito. Coloque-as num dilema: não terão escapatória.

Lei 32 - Desperte a fantasia das pessoas

Em geral evita-se a verdade porque ela é feia e desagradável. Não apele para o que é verdadeiro ou real se não estiver preparado para enfrentar a raiva que vem com o desencanto. A vida é tão dura e angustiante que as pessoas capazes de criar romances ou invocar fantasias são como oásis no meio do deserto: todos correm até lá. Há um enorme poder em despertar a fantasia das massas.

Lei 33 - Descubra o ponto fraco de cada um 

Todo mundo tem um ponto fraco, uma brecha no muro do castelo. Essa fraqueza em geral é uma insegurança, uma emoção ou necessidade incontrolável; pode também ser um pequeno prazer secreto. Seja como for, uma vez encontrado esse ponto nevrálgico, é ali que você deve apertar.

Lei 34 - Seja aristocrático ao seu próprio modo. Aja como um rei para ser tratado como tal

A maneira como você se comporta em geral determina como você é tratado: em longo prazo, aparentando ser vulgar ou comum, você fará com que as pessoas o desrespeitem. Pois um rei respeita a si próprio e inspira nos outros o mesmo sentimento. Agindo com realeza e confiança nos seus poderes, você se mostra destinado a usar uma coroa.

Lei 35 - Domine a arte de saber o tempo certo

Jamais demonstre estar com pressa - a pressa trai a falta de controle de si mesmo, e do tempo. Mostre-se sempre paciente, como se soubesse que tudo acabará chegando até você. Torne-se um detetive do momento certo; fareje o espírito dos tempos, as tendências que o levarão ao poder. Aprenda a esperar quando ainda não é hora, e atacar ferozmente quando for propício.

Lei 36 - Despreze o que não puder ter: ignorar é a melhor vingança

Reconhecendo um problema banal, você lhe dá existência e credibilidade. Quanto mais atenção você der a um inimigo, mais forte você o torna; e um pequeno erro às vezes se torna pior e mais visível se você tentar consertá-lo. Às vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Se existe algo que você quer, mas não pode ter, mostre desprezo. Quanto menos interesse você revelar, mais superior vai parecer.

Lei 37 - Crie espetáculos atraentes

Imagens surpreendentes e grandes gestos simbólicos criam uma aura de poder - todos reagem a eles. Encene espetáculos para os que o cercam, repletos de elementos visuais interessantes e símbolos radiantes que realcem a sua presença. Deslumbrados com as aparências, ninguém notará o que você realmente está fazendo.

Lei 38 - Pense como quiser, mas comporte-se como os outros 

Se você alardear que é contrário às tendências da época, ostentando suas ideias pouco convencionais e modos não ortodoxos, as pessoas vão achar que você está apenas querendo chamar atenção e se julga superior. Acharão um jeito de punir você por fazê-las se sentir inferiores. É muito mais seguro juntar-se a elas e desenvolver um toque comum. Compartilhe a sua originalidade só com os amigos tolerantes e com aqueles que certamente apreciarão a sua singularidade.

Lei 39 - Agite as águas para atrair os peixes

Raiva e reações emocionais são contraproducentes do ponto de vista estratégico. Você precisa se manter sempre calmo e objetivo. Mas, se conseguir irritar o inimigo sem perder a calma, você ganha uma inegável vantagem. Desequilibre o inimigo: descubra uma brecha na sua vaidade para confundi-lo e é você quem fica no comando.

Lei 40 - Despreze o que vier de graça

O que é oferecido de graça é perigoso - em geral é um ardil ou tem uma obrigação oculta. Se tiver valor, vale a pena pagar. Pagando, você se livra de problemas de gratidão e culpa. Também é prudente pagar o valor integral com a excelência e não se economizar. Seja pródigo com seu dinheiro e o mantenha circulando, pois a generosidade é um sinal e um ímã para o poder.

Lei 41 - Evite seguir as pegadas de um grande homem

O que acontece primeiro sempre parece melhor e mais original do que o que vem depois. Se você substituir um grande homem ou tiver um pai famoso, terá de fazer o dobro do que eles fizeram para brilhar mais do que eles. Não fique perdido na sombra deles, ou preso a um passado que não foi obra sua: estabeleça o seu próprio nome e identidade mudando de curso. Mate o pai dominador, menospreze o seu legado e conquiste o poder com a sua própria luz.

Lei 42 - Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam 

A origem dos problemas em geral pode estar num único indivíduo forte - o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se você der espaço para essas pessoas agirem, outros sucumbirão a sua influência. Não espere os problemas que eles causam se multiplicarem, não tente negociar com eles - eles são irredimíveis. Neutralize a sua influência isolando-os ou banindo-os. Ataque à origem dos problemas e as ovelhas se dispersarão.

Lei 43 - Conquiste corações e mentes

A coerção provoca reações que acabam funcionando contra você. É preciso atrair as pessoas para que queiram vir até você. A pessoa seduzida torna-se um fiel peão. Seduzem-se os outros atuando individualmente em suas psicologias e pontos fracos. Amacie o resistente atuando em suas emoções, jogando com aquilo de que ele gosta muito ou teme. Ignore os corações e as mentes dos outros e eles o odiarão. 

Lei 44 - Desarme e enfureça com o efeito espelho 

O espelho reflete a realidade, mas também é a ferramenta perfeita para a ilusão. Quando você espelha os seus inimigos, agindo exatamente como eles agem, eles não entendem a sua estratégia. O Efeito Espelho os ridiculariza e humilha, fazendo com que reajam exageradamente. Colocando um espelho diante das suas psiques, você os seduz com a ilusão de que compartilha os seus valores; ao espelhar as suas ações, você lhes dá uma lição. Raros são os que resistem ao poder do Efeito Espelho.

Lei 45 - Apregoe a necessidade de mudança, mas não mude muita coisa ao mesmo tempo

Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é traumática, e conduz à rebeldia. Se você é novo numa posição de poder, ou alguém de fora tentando construir a sua base de poder, mostre explicitamente que respeita a maneira antiga de fazer as coisas. Se a mudança é necessária, faça-a parecer uma suave melhoria do passado.

Lei 46 - Não pareça perfeito demais

Parecer melhor do que os outros é sempre perigoso, mas o que é perigosíssimo é parecer não ter falhas ou fraquezas. A inveja cria inimigos silenciosos. É sinal de astúcia exibir ocasionalmente alguns defeitos, e admitir vícios inofensivos, para desviar a inveja e parecer mais humano e acessível. Só os deuses e os mortos podem parecer perfeitos impunemente.

Lei 47 - Não ultrapasse a meta estabelecida. Na vitória, aprenda a parar

O momento da vitória é quase sempre o mais perigoso. No calor da vitória, a arrogância e o excesso de confiança podem fazer você avançar além da sua meta e, ao ir longe demais, você conquista mais inimigos do que derrota. Não deixe o sucesso lhe subir à cabeça. Nada substitui a estratégia e o planejamento cuidadoso. Fixe a meta e, ao alcançá-la, pare.

Lei 48 - Evite ter uma forma definida

Ao assumir uma forma, ao ter um plano visível, você se expõe ao ataque. Em vez de assumir uma forma que o seu inimigo possa agarrar, mantenha-se maleável e em movimento. Aceite o fato de que nada é certo e nenhuma lei é fixa. A melhor maneira de se proteger é ser tão fluido e amorfo como a água; não aposte na estabilidade ou na ordem permanente. Tudo muda.



6 lições inspiradoras de Jorge Paulo Lemann

Confira os conselhos que Jorge Paulo Lemann deu a um grupo de empreendedores apoiados pela Endeavor.

Acho que seu sonho de conquistar os mercados do Brasil e América Latina é um pouco limitado… eu olharia para o mundo”. Foi assim que Jorge Paulo Lemann respondeu um empreendedor que perguntava sobre a expansão de sua empresa em uma sessão de mentoria coletiva promovida pela Endeavor na última semana.
Jorge Paulo Lemann e seus sócios Beto Sicupira e Marcel Telles são donos de algumas das maiores empresas do mundo e praticam diariamente o lema “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”. Ele diz ter três metas de vida: deixar algum marco significativo na área de educação, empresas sólidas com possibilidades de se perpetuarem e uma família produtiva que tenha responsabilidade sobre aquilo que receber.
Lemman acredita profundamente na educação e no empreendedorismo como a base para um país andar para frente. Não é à toa que se dedica a projetos como a Fundação Estudar, Fundação Lemann, Khan Academy e a própria Endeavor. Em uma sessão de mentoria coletiva com alguns Empreendedores Endeavor, Jorge Paulo ouviu desafios e perguntas, compartilhou histórias e deu conselhos com uma simplicidade admirável.
Confira os principais aprendizados dessa conversa:

1 – Crise não é motivo de desespero 

“O Brasil nunca é tão bom quanto poderia ser, mas também não é tão ruim quanto falam. Podemos não estar no melhor momento, mas as maiores operações que tivemos foram em época de crise. O mercado e os empreendedores do Brasil são muito bons, então é melhor olhar para frente, ver como aproveitar qualquer dificuldade e o que é possível fazer a mais”.
2 – Quando for buscar investimento, não olhe só para o dinheiro

“Gosto de sócio que trabalha e contribui. Como empreendedor, eu olharia para um investidor de Private Equity ponderando se ele quer apenas colocar dinheiro ou se será um sócio que vai trazer algo a mais – algum know how específico, se tem um outro investimento parecido que possa trazer experiências… Quanto ao momento certo para abrir as portas, quanto mais conseguir engordar o porquinho antes de buscar dinheiro dos outros, melhor. E se for buscar, não olhe só para o dinheiro, entenda o que de valor ele poderá agregar ao negócio”.
3 – Equilibre a vida pessoal e profissional

“Sou um cara muito organizado e disciplinado. Sempre pratiquei esporte, pelo menos uma hora por dia, seja o que estiver acontecendo no mundo. Além disso, sempre fui muito participativo com a minha família, deu tempo de fazer e criar seis filhos. Um certo equilíbrio é importante. Delego muito: nunca fiz questão de ser o cara que fazia tudo. Gastei mais tempo escolhendo e formando gente muito boa, para eventualmente dar oportunidades a eles e ter mais tempo para mim.
O segredo talvez seja ter uma mistura de disciplina e regras com base no que se quer fazer (e pessoas são diferentes, então tem que fazer regras que façam sentido para você) e ter equipes que possam transformar uma empresa”.
4 – Formar gente boa é o melhor negócio que se faz

“O empreendedor tem que dar grande importância ao tópico de gente. Geralmente, ele olha mais para custos e vendas e contrata alguém de RH para se ocupar do assunto. Gente é algo em que o dono tem que estar envolvido.
Na época do banco, eu entrevistava 1.000 pessoas por ano e as acompanhava. Hoje em dia, a AB InBev tem 150 mil pessoas e, até quando vai para a China, o Conselho vai tomar café com os trainees de lá; é essencial essa mentalidade de que gente é realmente importante. O Carlos Brito, CEO, também é extremamente ligado: ele sabe de cor a lista dos ‘High Potentials’ da empresa, tem uma ideia de quais são os trainees bons, onde estão, e como estão evoluindo. O Conselho discute uma vez por ano as 500 principais pessoas da empresa, o que elas têm de bom e em que precisam evoluir.
Gente é tão importante quanto vender, é tão importante quanto produzir barato. E se delegar para alguém, provavelmente não vai dar certo”.
5 – Cultura não se impõe, cria-se em conjunto

“Nós temos programas de trainees nos EUA, China, Europa… Então apesar de sólida e firme, nossa cultura nem é mais brasileira, mas sempre foca em formar gente boa.
Sempre dedicamos um esforço enorme para treinar pessoas novas. Quando fomos para a Argentina (na compra da Quilmes), mandamos vários brasileiros que tinham sido ‘criados em casa’. Para os EUA, foram 100 pessoas de todo o mundo, mas já dentro da nossa cultura. No entanto, em nenhum lugar chegamos impondo que ‘nossa cultura vai ser assim’. Falamos ‘a nossa é assim, como é a de vocês?’, e a partir daí desenhávamos uma cultura organizacional comum.
Toda empresa tem gente boa e gente ruim: você tem que saber diferenciar o quanto antes e tomar as medidas necessárias, mesmo que termine em demissão. Em uma fusão nos Estados Unidos, por exemplo, entrevistamos as 400 pessoas do topo da empresa e ficamos com 200, mais ou menos.
O foco é remar junto, e tem funcionado bem assim”.
6 – Venda seu sonho grande

“Sempre vendi o sonho muito maior do que o tamanho da empresa; é claro que se você vende um sonho que não chega nem perto da realidade, a turma não acredita. Se você vende o sonho que é difícil, mas que é atingível, melhor. Assim, você vai aumentando de sonho em sonho, engajando todo mundo, conforme a empresa cresce. Nós gostamos de metas anuais ‘esticadas’. Tem que ser esticada, mas não impossível”.
Por: ENDEAVOR BRASIL

10 lições dos maiores inovadores dos últimos 50 anos

Confira o que podemos aprender com grandes inovadores da nossa era para alavancar os negócios.

Grandes empreendedores são inspiração para buscarmos novos desafios e seguir seus passos. Independente se você é funcionário ou dono de uma empresa, há muito que aprender com eles. Recentemente, estudei a vida e obra de grandes inovadores como Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon), Steve Jobs (Apple), Larry Page (Google) e Sergey Brin (Google), que serviram de inspiração para escrever um livro. Pude descobrir uma série de lições em comum que eles utilizaram ao longo de suas trajetórias e que compartilho aqui com vocês.
1) Não tenha medo de correr riscos
Para uma empresa como o Google, que valoriza muito a análise de dados em larga escala, pode parecer estranho correr riscos e aceitar incertezas nos projetos. Os dados são importantes para verificação da demanda e validação dos projetos piloto, mas nada disso impede que novos produtos inovadores sejam gerados e lançados, mesmo que tenha grandes níveis de incertezas. Essa abordagem já rendeu grandes fracassos para a empresa, mas também grandes sucessos.
2) A inovação não precisa ser somente nos produtos
Os grandes inovadores pensam a abordagem de modo sistêmico, vislumbrando oportunidades em diferentes partes do negócio. Quanto mais tipos de inovações conseguirmos incorporar, maior a proteção e robustez do modelo de negócios criado. Uma ferramenta importante para fazer essa avaliação pode ser o Innovation Storming.
3) Conecte os pontos
De acordo com pesquisa realizada pelos professores Clay Christensen, Hal Gregersen e Jeff Dyer, uma das principais características que separam uma pessoa criativa das outras é a habilidade de associação entre diferentes situações, problemas e ideias de campos até mesmo não relacionados. Essa busca por combinar experiências e visões de campos distintos colaborou bastante na capacidade de inovar de Jobs, por exemplo, e ele fala exatamente disso neste discurso.
4) Forme equipes de alto nível
O impacto das contratações iniciais em uma startup é muito grande no futuro do negócio, especialmente na cultura organizacional que está se formando. Contratar as pessoas erradas no começo pode impactar negativamente nos valores desejados pelos empreendedores. Bezos dizia que se você contratasse tubarões, não se podia esperar que eles agissem como golfinhos. O processo de recrutamento para montar uma estrutura organizacional coerente com a cultura era fundamental. Era preferível entrevistar 50 pessoas e não contratar ninguém do que contratar a pessoa com o perfil errado.
5) Facilite a colaboração e o trabalho em equipe
Apesar do senso comum acreditar que as inovações da Apple eram fruto do trabalho solitário de Steve Jobs, sendo ele responsável sozinho por todos os desenvolvimento, na realidade os grandes projetos foram fruto de um grande trabalho em equipe, em que ele atuava direcionando as pessoas com sua visão e, em alguns momentos, se envolvendo até nos pequenos detalhes.
6) Fomente uma cultura incomparável
A concorrência não consegue copiar a cultura – esse é um dos mantras gerenciais de Bezos. Para ele, a cultura organizacional é um ativo importantíssimo para garantir liderança nos mercados em que atua, replicando o “jeito Amazon” de fazer negócios. Alguns elementos importantes dessa cultura única estão na obsessão pelos clientes, a frugalidade na operação e a constante busca por inovações de todas as naturezas.
7) Coloque as pessoas certas para fazer as coisas certas
Com o crescimento do Facebook, Zuckerberg, com apenas 23 anos, teve que buscar uma pessoa que pudesse fazer melhor que ele algumas atividades importantes. Para ele, “alguém que é excepcional em sua função não é apenas um pouco melhor do que alguém que é muito bom. Ele é 100 vezes melhor”. Sandberg na época era vice-presidente de vendas online globais e operação no Google e foi pescado porque tinha a experiência necessária para transformar o negócio de publicidade do Facebook em algo realmente grande.
8) Mantenha o motor da inovação ligado
Jeff Bezos dizia que: ”minha visão é que não há momento ruim para inovar. Você deve inovar nos bons e maus momentos – e você deve fazer isso em coisas que o seu cliente valorize”. Essa é a postura dos inovadores: a busca constante por inovações para manter o negócio atualizado.
9) Tenha senso de urgência e execução
A “mentalidade hacker”, termo que Zuckerberg utilizou na carta aos acionistas no lançamento das ações, é um mantra da forma como ele as outras pessoas trabalham no Facebook. Mover-se rápido, com alta produtividade, e “quebrar” coisas resume a prática de trabalho desejada e tem sido fundamental para o sucesso da empresa.
10) Comunique a inovação
Normalmente, em sua apresentações de lançamento de novos produtos, Jobs escolhia um vilão para mostrar aos presentes que suas inovações eram os mocinhos. No iPhone, foram os smartphones com teclados fixos. No lançamento do iPad, o papel ficou por conta dos netbooks. Em cima das fragilidades dos concorrentes, ele apresentava seus diferenciais. Havia um cuidado muito grande para mostrar tudo de novo que os produtos e serviços traziam e fazer isso chegar aos ouvidos dos clientes o mais rapidamente possível.
Por: ENDEAVOR BRASIL


terça-feira, 9 de junho de 2015

O que é Eficiência, Eficácia e Efetividade?

Você sabe o que é e, qual é a diferença entre eficiência, eficácia e efetividade?  Se você não sabe, vamos tentar explicar da forma mais clara e objetiva possível.

De acordo com alguns autores de livros sobre administração, economia e comunicação, a eficiência consiste em fazer alguma coisa da maneira certa. Ter um dever ou obrigação e fazê-lo da forma correta. Uma pessoa eficiente é uma pessoa que, diante de uma determinada circunstância, é capaz de exercer aquilo que lhe é proposto.

Já a eficácia diz respeito a coisa certa a ser feita. A eficácia está relacionada ao processo de escolha, de tomada de decisão.

Enquanto a eficiência está ligada em como as coisas devem ser feitas, a eficácia refere-se ao resultado deste processo. Segundo Paulo Sandroni, mestre em economia e professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas e da Faculdade de Economia e Administração da PUC-SP, “Fazer a coisa certa de forma certa é a melhor definição de trabalho eficiente e eficaz”. Uma pessoa eficaz é aquela que não só faz algo da maneira certa, mas se preocupa com os resultados, independente do esforço e tempo que isso pode levar.

Depois de entender o significado e a relação existente entre eficiência e eficácia, fica mais fácil falar sobre efetividade, o que não quer dizer que seja um conceito simples. Entre eficiência, eficácia e efetividade, o último dos três termos é o mais complexo. Enquanto a eficiência consiste na condição e aptidão para a realização de uma tarefa, a eficácia em alcançar os objetivos, a efetividade é a satisfação, o sucesso na prática do que é feito. Simplificando, ser efetivo é realizar aquilo que foi feito (eficiência) da maneira certa (eficácia).

Já na norma NBR ISO 9000 versão 2005, encontramos as seguintes definições:

3.2.14 Eficácia

Extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados.

3.2.15 Eficiência

Relação entre o resultado alcançado e os recursos usados. (NBR ISO 9000, 2005, p. 10-11).

Para uma correta avaliação de qualquer ação ou processo, é fundamental que tanto o conceito de eficiência como o de eficácia sejam bem claros. Imaginem um programa de manufatura enxuta aplicado a uma fábrica. Se o programa cumprir o cronograma, consumir os recursos previstos e atingir as pessoas certas, ele terá sido eficiente. E se, além disso, ele resultar no aumento dos lucros da empresa, então ele terá sido eficaz.

A NBR ISO 10015 ilustra bem essa diferença, através de uma tabela que nos ajuda a avaliar treinamentos.

O treinamento será considerado ineficiente e ineficaz:

“Se os procedimentos não forem seguidos e os resultados desejados não foram atingidos. Nesse caso, recomendamos que o treinamento seja refeito, pois não temos como avaliar o que foi planejado.”

O treinamento será considerado ineficiente e eficaz:

“Se os procedimentos não forem seguidos e os requisitos especificados forem alcançados, então convém que os procedimentos sejam revistos e os registros das competências devem ser atualizados para refletir essa qualificação adicional.”

O treinamento será considerado eficiente e ineficaz:

“Se os procedimentos forem seguidos e os requisitos não forem alcançados, então serão necessárias ações corretivas para melhoria do processo de treinamento ou desenvolver uma solução alternativa ao treinamento.”

O treinamento será considerado eficiente e eficaz:

“Se os procedimentos forem seguidos e os requisitos especificados forem alcançados, então os registros das competências devem ser atualizados para refletir essa qualificação adicional.”

Em outras palavras: se você tomou banho, usou o sabonete adequado, se esfregou corretamente, então o seu banho foi eficiente. Porém, se mesmo depois desse banho você continuou cheirando mal, então, apesar de eficiente, seu banho foi ineficaz.

Outro exemplo seria: uma campanha de marketing de um determinado carro é realizada. Em seguida é feita uma pesquisa e se conclui que todos conhecem o carro e desejam comprá-lo, porém, ninguém efetivamente o compra. Nesse caso, a campanha foi eficiente, porém, não foi eficaz.

Principais Indicadores da Qualidade

EFICIÊNCIA – Fazer da forma certa; cuida de fazer as coisas bem, resolver problemas, salvaguardar recursos, cumprir com o seu dever e reduzir custos.

EFICÁCIA – Fazer o que é certo; cuida de fazer as coisas certas, produzir alternativas criativas, maximizar a utilização de recursos, obter resultados e aumentar o lucro.

EFETIVIDADE – Fazer o que é certo da forma certa. Se uma empresa atingir os padrões de eficiência e eficácia nos níveis máximos e os objetivos forem satisfeitos, ela terá alcançado a efetividade.

Eficiência - Indicadores para a avaliação da eficiência:

É uma medida dos recursos para se produzir um produto. A eficiência melhora quando consome menos recursos para produzir um produto, ou prestar um serviço específico.

A eficiência é relacionada com a competência no emprego dos recursos.

Fórmula:

Eficiência =   Recursos realmente utilizados
              Recursos planejados para serem utilizados

O índice revela a porcentagem de recursos realmente utilizados sobre os recursos que foram planejados para serem usados.

Cálculos de eficiência - Fórmulas:


Eficiência de um programa =  Objetivos alcançados
                                                Recursos consumidos

Eficiência de um processo =  Atividades realizadas
                                               Recursos consumidos

Eficiência na realização de uma tarefa = Tempo previsto
                                                                    Tempo gasto

Eficiência das atividades =  Objetivos alcançados
                                             Atividades realizadas


Eficiência na realização de um trabalho =  Tempo padrão
                                                                     Tempo total

Eficácia - Indicadores para avaliação de eficácia:

Os indicadores de eficácia interna mostram quão bem os fornecedores estão satisfazendo seus requisitos. São exemplos as palavras que iniciam com “re” (retrabalho, reparo, reinspeção etc).

Os indicadores da eficácia externa relacionam-se a quão bem (ou mal) o produto ou serviço satisfaz o cliente externo do processo.

A eficácia está relacionada com o resultado obtido e pode ser definida como a porcentagem do rendimento ou produção real sobre o esperado.

Fórmula:

Eficácia =  Output Real
              Output Esperado

O percentual obtido indica qual o estágio do resultado previsto foi alcançado, ou seja, aonde se chegou em relação a meta ou objetivo predeterminado.

Cálculos de eficácia - Fórmulas:

Eficácia no uso dos recursos =  Recursos consumidos
                                                    Recursos planejados

Eficácia das atividades =  Atividades desempenhadas
                                             Atividades planejadas

Eficácia dos objetivos = Realizações líquidas atribuíveis ao programa
                                                            Metas pretendidas

Para finalizar, em se tratando de Administração da Qualidade, devemos ter esses três conceitos muito claros, pois, apesar da relação interessante existente entre estes termos, é importante ressaltar que nem sempre elas dependem umas das outras. É possível ser eficaz sem ser eficiente. Mesmo com estas possibilidades, busque sempre aliar eficiência, eficácia e efetividade.

Pense nisso!