sábado, 28 de fevereiro de 2015

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte final

A FNQ utiliza o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) para promover a melhoria da qualidade da gestão e o aumento da competitividade das organizações. Desta forma, o Prêmio PNQ é considerado o maior reconhecimento à excelência na gestão das organizações sediadas no Brasil. Conforme a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2011c) o processo de premiação do PNQ visa:

·         Estimular o desenvolvimento cultural, político, científico, tecnológico, econômico e social do Brasil;
·         Fornecer para as organizações, um referencial (modelo) para um contínuo aperfeiçoamento;
·         Conceder reconhecimento público e notório à excelência da qualidade da gestão para organizações Classe Mundial;
·         Divulgar as práticas de gestão bem sucedidas, com vistas ao benchmarking.

A organização que se candidata ao PNQ, é submetida a uma análise aprofundada de sua gestão, efetuada por examinadores treinados pela FNQ, guiados por um rigoroso código de ética, obtendo-se ao final do processo um amplo Relatório de Avaliação da Gestão que mede a gestão em todas as áreas, as pessoas ligadas à organização passam a observá-la de maneira abrangente, sistêmica.
O processo de análise faz com que todos foquem os  mesmos objetivos, e a obtenção de resultados globais é uma conseqüência. Paralelamente, cria-se uma cultura de aprendizado e melhoria contínua do desempenho. O relatório permite avaliar, ainda, fornecedores, clientes, parceiros e até concorrentes. A partir desse ponto, a organização candidata já começa a se diferenciar. É a porta de entrada para o seleto grupo das empresas de nível Classe Mundial.
Segundo a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2011c) o que uma organização ganha ao se candidatar ao Prêmio Nacional da Qualidade:

·         Aplicação de Fundamentos e Critérios de Excelência reconhecidos e utilizados mundialmente;
·         Visão sistêmica da empresa;
·         Foco nos resultados;
·         Maior cooperação interna;
·         Compartilhamento de informações e aprendizado;
·         Identificação de pontos fortes e de oportunidades e melhorias;
·         Comprometimento das pessoas;
·         Medição de desempenho perante os referenciais;
·         Capacitação para se auto-avaliar;
·         Reconhecimento do mercado e da sociedade.

Para concluirmos a apresentação do Modelo de Excelência da Gestão® da FNQ recorremos aos ensinamentos de Michal Gartenkraut (2011) que afirma: “É preciso que as pessoas adquiram a cultura de ser avaliado ou se avaliar permanentemente. Se possível, todo ano. E nessa avaliação, não ficar satisfeito com a colocação que recebe, estando sempre em busca de melhoria.” Na permanente busca por níveis de competitividade maiores, é fundamental que sejam realizados diversos processos de avaliação. Em referência ao MEG®, Gartenkraut (2011) enfatiza que “é um método de avaliação da qualidade de gestão de uma organização qualquer. A beleza dele está na simplicidade, da qual as pessoas até mesmo desconfiam. Mas funciona”.


Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

Download TCC:

Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade
http://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestao

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte 5

A relação existente entre os 8 Critérios de Excelência do MEG® e as etapas do Ciclo PDCA de Deming pode ser compreendida no quadro apresentado abaixo:

Quadro 4 - Relação existente entre os 8 Critérios de Excelência do MEG® e as etapas do Ciclo PDCA

Relação existente entre os 8 Critérios de Excelência do MEG® e as etapas do Ciclo PDCA


PDCA

Critérios


Descrição











(P)
Plan





Clientes
O sucesso de uma organização está diretamente relacionado à sua capacidade de atender às necessidades e expectativas de seus clientes. Elas devem ser identificadas, entendidas e utilizadas para que se crie o valor necessário para conquistar e reter esses clientes.

Sociedade
Para que haja continuidade em suas operações, a empresa também deve identificar, entender e satisfazer as necessidades e expectativas da sociedade e das comunidades com as quais interage sempre de forma ética, cumprindo as leis e preservando o ambiente.


Liderança
De posse de todas essas informações, a liderança estabelece os princípios da organização, pratica e vivencia os fundamentos da excelência, impulsionando, com seu exemplo, a cultura da excelência na organização. Os líderes analisam o desempenho e executam, sempre que necessário, as ações requeridas, consolidando o aprendizado organizacional.



Estratégias
As estratégias são formuladas pelos líderes para direcionar a organização e o seu desempenho, determinando sua posição competitiva. Elas são desdobradas em todos os níveis da organização, com planos de ação de curto e longo prazo. Recursos adequados são alocados para assegurar sua implementação. A organização avalia permanentemente a implementação das estratégias e monitora os respectivos planos e responde rapidamente às mudanças nos ambientes interno e externo.



(D)
Do



Pessoas
As pessoas que compõem a força de trabalho devem estar capacitadas e satisfeitas, atuando em um ambiente propício à consolidação da cultura da excelência.


Processos
Com isso, é possível executar e gerenciar adequadamente os processos, criando valor para os clientes e aperfeiçoando o relacionamento com os fornecedores. A organização planeja e controla os seus custos e investimentos. Os riscos financeiros são quantificados e monitorados.


(C)
Check



Resultados
Para efetivar a etapa do Controle (C), são mensurados os resultados em relação a: situação econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas, sociedade, processos principais do negócio e processos de apoio, e fornecedores. Os efeitos gerados pela implementação sinérgica das práticas de gestão e pela dinâmica externa à organização podem ser comparados às metas estabelecidas para eventuais correções de rumo ou reforços das ações implementadas.


(A)
Act

Informação
e
Conhecimento
Esses resultados, apresentados sob a forma de informações e conhecimento, retornam a toda a organização. Essas informações representam a inteligência da organização, viabilizando a análise do desempenho e a execução das ações necessárias em todos os níveis. A gestão das informações e dos ativos intangíveis é um elemento essencial à jornada em busca da excelência.
Fonte: FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2010). Elaborado pelo autor.


Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

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Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade
http://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestao

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte 4

O Modelo de Excelência da Gestão® da FNQ é representado por um diagrama que utiliza o conceito de aprendizado segundo o ciclo PDCA, e simboliza a organização, considerada como um sistema orgânico e adaptável, que interage com o ambiente externo. Sugere que os elementos do Modelo, imersos num ambiente de Informações e Conhecimento, relacionam-se de forma harmônica e integrada, voltados para a geração de resultados (FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE, 2010).


De acordo com a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2010), o modelo é composto por 4 cores:

·         A cor azul representa a etapa do Planejamento, correspondente aos critérios: Cliente, Sociedade, Liderança e Estratégias e Planos, que são a base para a estruturação do modelo de gestão da organização;
·         A cor verde representa a etapa da Execução, corresponde aos critérios: Pessoas e Processos, os quais são responsáveis pela viabilização e implementação do que foi estabelecido na etapa de planejamento;
·         A cor amarela representa a etapa de verificação, a qual pode ser evidenciada pelo conjunto de Resultados apresentados e Controlados;
·         Já a cor branca que representa a etapa do Aprendizado, corresponde ao critério de Informações e Conhecimento, os quais adequadamente estruturados e disseminados possibilitam o Aprendizado Organizacional, é o que denominamos de retro-alimentação do Sistema de Gestão.
A relação entre os 11 Fundamentos e os 8 Critérios do MEG® pode ser compreendida na Matriz Taxonomia – Fundamentos x Critérios de Excelência, abaixo:


À esquerda a Matriz do Ciclo PDCA como apregoada pela Fundação Nacional da Qualidade, com oito Critérios, que tem base nos onze Fundamentos da Excelência em Gestão, à direita.
A análise da figura mostra que todos os fundamentos lançados na vertical têm como correspondentes Critérios específicos, lembrando-se que os Critérios constam requisitos de práticas de gestão e resultados e dos fundamentos constam conceitos reconhecidos internacionalmente. Os fundamentos se traduzem em práticas. Os fundamentos internalizados dão sustentação as práticas a eles relacionados.


Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

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Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte 3

O Modelo de Excelência da Gestão® da FNQ utiliza o conceito de aprendizado segundo o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act). Conforme os ensinamentos de Campos (2009), esse método permite o gerenciamento científico da organização, permitindo copiar, aprender, criar e difundir conhecimento e que o aprendizado é a alma de sua utilização. O ciclo PDCA converte a organização em escola, pois a busca por resultados é paralela à busca do conhecimento.

O PDCA é citado por alguns autores como método, sistema, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming. Conforme Periard (2011) “é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas do mundo todo. Este sistema foi concebido por Walter A. Shewhart e amplamente divulgado por Willian E. Deming e, assim como a filosofia Kaizen, tem como foco principal a melhoria contínua.”
O principal objetivo do ciclo PDCA é fazer com que os processos da gestão de uma organização se tornem mais claros, ágeis e objetivos. Pode ser aplicado em qualquer tipo de organização – não importando o tamanho nem o ramo de atividade – com o objetivo de alcançar um nível de gestão superior.

O Ciclo PDCA tem como estágio inicial o planejamento da ação, em seguida tudo o que foi planejado é executado, gerando, posteriormente, a necessidade de checagem constante destas ações implementadas. Com base nesta análise e comparação das ações com aquilo que foi planejado, o gestor começa então a implantar medidas para correção das falhas que surgiram no processo ou produto. (PERIARD, 2011).

Apresentamos cada uma dessas etapas do ciclo PDCA:

Quadro 3 - Ciclo PDCA

Ciclo PDCA


Etapas


Processos


P = Plan
(Planejamento)
Nesta etapa, o gestor deve estabelecer metas e/ou identificar os elementos causadores do problema que impede o alcance das metas esperadas. É preciso analisar os fatores que influenciam este problema, bem como identificar as suas possíveis causas. Ao final, o gestor precisa definir um plano de ação eficiente.
D = Do
(Fazer - Execução)
Aqui é preciso realizar todas as atividades que foram previstas e planejadas dentro do plano de ação.


C = Check
(Checagem-Verificação)
Após planejar e por em prática, o gestor precisa monitorar e avaliar constantemente os resultados obtidos com a execução das atividades , avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios. Atualizar ou implantar a gestão à vista.

A = Act
(Ação - Agir)

Nesta etapa é preciso tomar as providências estipuladas nas avaliações e relatórios sobre os processos. Se necessário, o gestor deve traçar novos planos de ação para melhoria da qualidade do procedimento, visando sempre a correção máxima de falhas e o aprimoramento dos processos da empresa.
Fonte: Periard (2011). Elaborado pelo autor.

Ainda segundo os ensinamentos de Periard (2011) cabe ressaltar que, o ciclo PDCA é verdadeiramente um ciclo, e portanto, deve girar constantemente, pois, ele não tem um fim obrigatório e definido. Ao final do primeiro ciclo, já com as ações corretivas, é possível e desejável que se crie um novo planejamento para a melhoria contínua de determinado procedimento, dando início desta forma, a todo o processo do ciclo. A não execução de uma das etapas certamente comprometerá todo o processo de melhoria contínua. O novo ciclo a partir do anterior é de fundamental importância para o sucesso da utilização desta valiosa ferramenta.

Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

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Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte 2

Já os Critérios de Excelência contidos no manual Critérios de Excelência vigente em 2010 a FNQ publica:
Os Critérios de Excelência da FNQ constituem um modelo sistêmico da gestão adotado por inúmeras organizações de Classe Mundial. São construídos sobre uma base de fundamentos essenciais à obtenção da excelência do desempenho. Os Critérios de Excelência compõem o Modelo de Excelência da Gestão® que é constituído por oito critérios (Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados) e que se subdividem em 24 itens de requisitos (18 representando os aspectos das práticas de gestão da organização e seis de resultados alcançados). Os Critérios de Excelência da FNQ incorporam em seus requisitos as técnicas mais atualizadas e bem-sucedidas de administração de organizações. O processo de atualização destes critérios é considerado como referencial (benchmark) para outras organizações nacionais e internacionais que administram prêmios voltados para a excelência da gestão. Utilizando os Critérios de Excelência como referência, uma organização pode realizar uma autoavaliação ou se candidatar ao PNQ.(FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE, 2010).

Os Critérios de Excelência são fundamentos imprescindíveis para a implementação do MEG® e obtenção do Prêmio Nacional da Qualidade, que é um reconhecimento à excelência na gestão das organizações no Brasil. De acordo com os ensinamentos de Pellegrini Neto, Pimentel e Silva (2008) “Estes critérios correspondem a um modelo referencial para implementação de um sistema de gestão voltado à conquista de resultados e conseqüentemente ao alcance da excelência do desempenho.” Os Critérios de Excelência do MEG® constituem desta forma, um modelo sistêmico de gestão adotado por inúmeras organizações de classe mundial. São construídos a partir de uma base de fundamentos essenciais para a obtenção da excelência do desempenho.
De acordo com a FNQ, apresentamos os 8 Critérios de Excelência que fazem parte do Modelo de Excelência da Gestão® e suas abordagens:

Quadro 2 - Critérios de Excelência do MEG®

Critérios de Excelência do MEG®

1.Liderança
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da organização e controle externo sobre sua direção; ao engajamento, pelas lideranças, das pessoas e partes interessadas na sua causa; e ao controle de resultados pela direção.
2.Estratégias e Planos
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos à concepção e à execução das estratégias, inclusive aqueles referentes ao estabelecimento de metas e à definição e ao acompanhamento de planos necessários para o êxito das estratégias.
3.Clientes
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e mercado e à comunicação com o mercado e clientes atuais e potenciais.
4.Sociedade
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e tratamento das demandas da sociedade e do meio ambiente e ao desenvolvimento social das comunidades mais influenciadas pela organização.
5.Informações e Conhecimento
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento organizado da demanda por informações na organização e ao desenvolvimento controlado dos ativos intangíveis geradores de diferenciais competitivos, especialmente os de conhecimento.
6.Pessoas
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos à configuração de equipes de alto desempenho, ao desenvolvimento de competências das pessoas e à manutenção do seu bem-estar.
7.Processos
Este Critério aborda os processos gerenciais relativos aos processos principais do negócio e aos de apoio, tratando separadamente os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros.
8.Resultados
Este Critério aborda os resultados da organização na forma de séries históricas e acompanhados de referenciais comparativos pertinentes, para avaliar o nível alcançado, e de níveis de desempenho associados aos principais requisitos de partes interessadas, para verificar o atendimento
Fonte: FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2010).Elaborado pelo autor.


Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

Download TCC:

Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade
http://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestao

MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO® - Parte 1

O Modelo de Excelência da Gestão® da FNQ está sustentado sobre um conjunto de 11 conceitos fundamentais e estruturado em 8 critérios que se subdividem em 23 itens e requisitos inerentes a Excelência em Gestão. Para a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2011c) os fundamentos são os pilares, a base teórica de uma boa gestão. Os fundamentos são colocados em prática por meio dos critérios. O MEG® através dos Fundamentos da Excelência proclama esses conceitos reconhecidos internacionalmente e que são encontrados em organizações líderes de classe mundial. São valores organizacionais facilmente percebidos como parte de uma cultura organizacional, sendo praticados por seus líderes e profissionais de todos os níveis. Identificado estes valores, foram, portanto, considerados como fundamentos para formar uma cultura de gestão voltada para resultados e competitivas para o mercado.
A incorporação dos fundamentos da excelência às operações de maneira continuada e em consonância com o perfil e as estratégias empresariais é adotada por inúmeras organizações de classe mundial. Para Ashley e Salomão (2011) as empresas que rigorosamente conseguirem cumprir os critérios, seguindo, no caso do contexto brasileiro, os onze fundamentos propostos pela Fundação Nacional da Qualidade, podem ser consideradas organizações de excelência de classe mundial.
Apresentamos desta forma, o conceito de cada um dos 11 fundamentos do Modelo de Excelência da Gestão® da FNQ:

Quadro 1 - Fundamentos da Excelência do MEG®

Fundamentos da Excelência do MEG®

1. Pensamento Sistêmico
Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo.
2. Aprendizado Organizacional
Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.
3. Cultura de Inovação
Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização.
4. Liderança e Constância de Propósitos
Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses das partes interessadas.
5. Orientação por Processos e Informações
Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados.
6. Visão de Futuro
Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo prazo.
7. Geração de Valor
Alcance de resultados consistentes pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas.
8. Valorização das Pessoas
Criação de condições para que as pessoas se realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender.
9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado
Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma sustentada para o cliente e, conseqüentemente, gerando maior competitividade nos mercados.
10. Desenvolvimento de Parcerias
Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas as partes.
11. Responsabilidade Social
Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se também à inserção da empresa no desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.
Fonte: FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2006). Elaborado pelo autor.

Ainda, segundo a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (2006)Por meio de um processo de aprendizado sistêmico, que inclui a atuação do Comitê Técnico de Critérios de Avaliação e a realização de Fóruns Empresariais, a FNQ atualiza regularmente os Fundamentos da Excelência.” Cabe ressaltar também que, a implantação do Modelo de Excelência da Gestão® deve partir da incorporação dos Fundamentos da Excelência pela organização e, depois disso, do uso das práticas para atender aos critérios. A incorporação dos Fundamentos da Excelência às operações da organização, de maneira continuada e em consonância com seu perfil e suas estratégias, é enfatizada pelo Modelo, onde todos os Critérios relacionam-se de forma harmônica e integrada, voltados para a geração de resultados. O modelo da FNQ é considerado um dos mais inovadores do mundo, em particular no processo de formação e capacitação dos examinadores do Prêmio Nacional da Qualidade®.

Fonte: SILVA, Carlos Elias da. Modelos de excelência em gestão para o setor privado e público. 2011. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Itapetinga, 2011.

Download TCC:

Para saber mais acesse: Fundação Nacional da Qualidade
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